O espaço é um recurso fundamental. A arquitetura possui a capacidade de afetar essencialmente a organização geral do espaço. Como resultado, cabe aos arquitetos estarem cientes das políticas elementares inerentes em cada gesto arquitetônico.
Tomislav Pavelić:
Desde que não há o reconhecimento de qualquer forma de aspiração social positiva e não há fé na exatidão da orientação atual, os mecanismos de seguro social (e arquitetônico) como empatia e, em geral, éticas perderam sua eficácia ou foram totalmente rejeitados. Por esta razão, não é de se surpreender que os dramáticos eventos atuais sociais evidenciem o despreparo total da maioria dos arquitetos que não são capazes de propor respostas espaciais concretas e efetivas para as necessidades e problemas sociais.
Para a arquitetura, ser capaz de restaurar sua relevância social é ser mais uma vez o gerador espacial de processos de interação social. Para isso, precisamos retomar o debate sobre o “território comum” da atividade arquitetônica (suas ambições e suas responsabilidades), pois se houver algum denominador comum em nossa atividade profissional, então isso só pode ser as pessoas e incluir literalmente cada membro das comunidades no que trabalhamos. Apenas desta forma, conscientes da amplitude de nossa responsabilidade social, seremos capazes de recuperar o direito de falar em primeira pessoa do plural.
Pulska grupa trabalha, acima de tudo, embora não exclusivamente, sobre o local. O direcionamento da cidade como um campo inquieto de conflito, no qual, porém, eles encontraram um potencial para a criação de novas relações espaciais e arquitetônicas. Sua habilidade em se concentrar nos problemas espaciais imediatos do ambiente no qual eles vivem é o que dá credibilidade para reunir suas experiências em uma possível metodologia da atividade arquitetônica nos tempos de hoje. Uma vez que eles atuam em condições de igualdade – e não de cima para baixo como impessoal – com sua comunidade social, os membros do Pulska grupa formularam seu credo profissional e humano através do que eles chamam de “democracia não mediada demanda espaços não mediados.”